quarta-feira, 23 de março de 2011

O que falta no texto abaixo?

Não olhe a resposta.
Veja se você descobre o que está faltando no texto.

Sem nenhum tropeço, posso escrever o que quiser sem ele,
pois rico é o português e fértil em recursos diversos,
tudo permitindo, mesmo o que de início, e somente de
início, se pode ter como impossível. Pode-se dizer
tudo, com sentido completo, como se isto fosse mero
ovo de Colombo.
Desde que se tente sem se pôr inibido, pode muito bem
o leitor empreender este belo exercício, dentro do nosso
fecundo e peregrino dizer português, puríssimo instrumento
dos nossos melhores escritores e mestres do verso,
instrumento que nos legou monumentos dignos de eterno
e honroso reconhecimento.
Trechos difíceis se resolvem com sinônimos. Observe-se
bem: é certo que, em se querendo, esgrime-se sem limites
com este divertimento instrutivo. Brinque-se mesmo com
tudo. É um belíssimo esporte do intelecto, pois escrevemos
o que quisermos sem o "E" ou sem o "I" ou sem o "O" e,
conforme meu exclusivo desejo, escolherei outro, discorrendo
livremente, por exemplo, sem o "P", "R" ou "F", ou o que
quiser escolher. Podemos, em estilo corrente, repetir
sempre um som ou mesmo escrever sem verbos.

Com o concurso de termos escolhidos, isso pode ir longe,
escrevendo-se todo um discurso, um conto ou um livro inteiro
sobre o que o leitor melhor preferir. Porém mesmo sem o uso
pernóstico dos termos difíceis, muito e muito se prossegue
do mesmo modo, discorrendo sobre o objeto escolhido,
sem impedimentos. Deploro sempre ver moços deste século
inconscientemente esquecerem e oprimirem nosso português,
hoje culto e belo, querendo substituí-lo pelo inglês.
Por quê?
Cultivemos nosso polifônico e fecundo verbo, doce e melodioso,
porém incisivo e forte, messe de luminosos estilos, voz de
muitos povos, escrínio de belos versos e de imenso porte,
ninho de cisnes e de condores.
Honremos o que é nosso, ó moços estudiosos, escritores e
professores. Honremos o digníssimo modo de dizer que nos
legou um povo humilde, porém viril e cheio de sentimentos
estéticos, pugilo de heróis e de nobres descobridores
de mundos novos.




Descobriu?











O texto não tem letra A.

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